quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Papel do inconsciente no comportamento financeiro

Desde Freud se tenta entender a origem de algumas de nossas idéias e ações. Querer resumir nossos atos e pensamento à porção apenas racional e consciente seria simplista e errôneo. Foi então que surgiu a idéia do inconsciente, não como uma segunda consciência, mas um sistema dinâmico e complexo em que as idéias reprimidas ficam acumuladas, podendo se manifestar involuntariamente através de sonhos, hipnose ou técnicas psicoterapeuticas. O acesso do meio externo ao inconsciente é facilmente acessível, porém as informações e manifestações acumuladas no inconsciente não conseguem ser expressas em direção ao consciente sem antes passar por duas barreiras de censura, sendo a maior delas entre o inconsciente e o pré-consciente. Pré-consciente seria a região dinâmica (não anatômica, pois não é possível definir) da psique em que os atos e idéias podem ser facilmente acessíveis, lembrados ou expressados. Entre o pré-consciente (acessível) e a manifestação consciente existe uma nova barreira (segunda censura), sendo um pouco mais tênue que a primeira, visto podermos alcança-la até mesmo voluntariamente se assim desejarmos. É no pré-consciente que estão as informações da nossa memória, acessíveis em diferente níveis de dificuldade. Se a catexia consegue ultrapassar ambas censuras, ela se manifesta no consciente. Apenas aqui podemos entender o que foi reprimido e tentar buscar possíveis terapêuticas para certos "problemas" que foram suprimidos. Este trabalho não é nada fácil, pois a manifestação do insconsciente representa a falha da supressão e muitas vezes a manifestação do fato suprimido se dá de formas modificadas, as chamadas idéias ou atos substitutivos.
Reside aí o trabalho do terapeuta financeiro em identificar pelas manifestações do inconsciente, principalmente através de idéias substitutivas, para só então tentar entender e quem sabe, modificar as idéias que levam ao desastre financeiro. Muitas das manifestações do inconsciente não são expressas na sua forma original. Necessitam ter sua origem especulada e ligada a algum fato histórico do passado do cliente. Somente depois desse complexo trabalho poderemos entender e modificar as concepções originais de finanças e comportamentos. Importante lembrar que o objetivo da supressão é evitar a manifestação e não destruir a idéia original suprimida, de modo que o latente pode mudar sua catexia e vir a se manifestar. Muitas pessoas não querem ajuda profissional e acham que vão conseguir sozinhas, lendo livros ou fazendo cursos, porém ninguém voluntariamente terá acesso ao seu inconsciente, por definição, de modo que o terapêuta financeiro é fundamental. A repressão em maior grau é a negação, o que inviabiliza e dificulta o acesso às informações. Quando nos aproximamos do inconsciente do paciente, o desconforto da racionalização da idéia original é tão grande que o paciennte às vezes desiste do tratamento.
Na infância temos desejos materiais que algumas vezes são reprimidos pelos próprios pais o que gera angústia na criança, seja pelo pensamento individual de não conseguir o objeto de prazer (brinquedo) desejado, seja pelo pensamento um pouco mais complexo de que não vai conseguir ter o mesmo objeto que seu amigo já possui. Uma vez alcançado o poder financeiro, primeiro emprego, primeiro salário, etc, uma das primeiras ações desse indivíduo é gastar, comprar e realizar todos seus desejos materiais que foram reprimidos por tantos anos em sua vida. Agora ele é "livre" e pode gastar como quiser e com o quiser, pensa ele. Resultado: ruína financeira. Ninguém conscientemente quer estar endividado, todos sabem que a palavra dívida traz em sí uma carga negativa, traz consigo taxas de juros altas, diminuição do poder de compra futuro... ,mas e porque 25% da população se encontra nesse estado? Seria apenas fruto da ciência do marketing que estudando nossos processos mentais consegue criar um desejo de compra não existente anteriormente? Ou será que o marketing apenas tenta acionar certos gatilhos mentais que sabem todos terem suprimidos em seu inconsciente, desencadeando o desejo compulsivo? Uma vez atingidos esses gatinho mentais, a compra é quase inevitável, ou, ao menos, o impulso da compra surge. Esse impulso se trata da libido reprimida no inconsciente que foi energizada e agora consegue irromper as censuras e se manifestar no consciente, culminando no ato físico da compra e a realização do desejo reprimido.
Acredito que certas idéias e concepções pré-concebidas do dinheiro também tenham influência através do inconsciente em nossos atos conscientes. Por exemplo, certas frases que ouvimos repetidas vezes desde a infância podem se tornar causas inconscientes de alguns atos. Vejamos alguns exemplos: 1- dinheiro é sujo. Você pegou em dinheiro. Já lavou a mão? Como vou acumular algo que minha mãe afirma ser sujo? Como vou querer usar beneficamente algo que se tocado tenho que lavar as mãos? Melhor inconscientemente acabar com ele. 2- dinheiro não traz felicidade, o importante é ter amigos, ter saúde... ok, porém capacidade financeira ajuda bastante quando necessitar de assistência médica, com dinheiro poderá se divertir saudavelmente com seus amigos e fazer as coisas que quer e gosta. 3- todo rico é ladrão. Então eu nunca serei rico ué. Simples, não sou ladrão! 4- todo rico é ganancioso. Eu não vou me juntar a essa classe de gente má. 5- pra ficar rico só roubando, vendendo droga ou sendo político corrupto. Deus me  livre, vou ser pobre a vida toda e estarei suprindo todos os ensinamentos corretos sobre dinheiro. O importante é ser feliz (onde? embaixo da ponte?). O assunto é controverso e extenso. Vou me limitar a esses exemplos mais conhecidos. Aproveito para afirmar que sou contra qualquer forma de corrupção, venda de coisas ilícitas ou crimes, mas as frases acima são comuns e estão em nosso inconsciente. Trazê-las para a realidade do consciente nos traz desconforto.
No lado empreendedor, acredito que se temos desde criança a idéia de que sucesso é igual a tempo livre e liberdade. Ser empreendedor dá muito trabalho, tira todo tempo livre e 90% quebram nos primeiros 10 anos. Então não tenho porque seguir esse caminho. Além disso desde pequeno aprendi que devo estudar, tirar boas notas, fazer faculdade e ter um bom emprego. Não chega a ser algo inconsciente, mas sim uma crença limitante que nos impede de vôos mais altos. Poucos pensam racionalmente nas recompensas do empreendedorismo. O modo como trato meus funcionários ou o caixa da minha empresa podem refletir idéias reprimidas no inconsciente que estão constantemente influenciando as decisões do consciente.
Acho que por enquanto é isso. Abraços,
Holanda Trader
Está chegando a hora!

Obrigado aos quase 200 leitores do blog no mês passado. É uma honra saber que meus pensamentos macroeconômicos estão abarcando cada mês mais pessoas. Espero que estejam usando esse conhecimento já mastigado que posto aqui para a construção de um portfólio de investimentos equilibrado aos objetivos de cada um, superando com facilidade os benchmarks usados pela indústria financeira que só tem como objetivo captar dinheiro e lucrar com as taxas cobradas.

Até o momento estamos com lucratividade em aberto acima de 50% em nossa carteira de ações usando o Setup Holanda Trader (o nome correto, modo de utilizar, pontos de entrada, saída, stops, manejo de risco, etc, só estão disponíveis aos nossos clientes da consultoria Holanda Trader).

Atualizando nossas posições:
Renda Fixa: Debêntures atreladas ao IPCA em empresas com capacidade de pagamento, Tesouro Direto atrelado ao IPCA, em especial com vencimentos mais longos, Tesouro Direto Pré-Fixado em menor proporção.
Estamos a praticamente 200% do CDI neste ano.

Não estou posicionado em títulos atrelados ao CDI pela possibilidade de queda da Selic estar cada vez mais próxima. Os níveis do IPCA estão convergindo para próximo da meta em 2017. Não acredito que vamos conseguir manter esse nível alto de juros sobre a nossa dívida que não pára de crescer. Em breve o governo deverá fechar essa torneira e vamos ganhar bem com nossas posições.
Deduz-se então que estou fora de CDB, LCI, LCA, CRI, Fundo DI e tudo mais que esteja atrelado ao CDI. Já posicionado para o próximo ciclo vindouro (antes dele chegar).

Ações: Continuo comprado em algums ações selecionadas seguindo meu Setup. Nada a fazer. Rentabilidade em torno de 50% na média. Excelente! Stops posicionados, ações continuam em alta. Nada a fazer.

Comodities: Vendido em boi e milho. Ambos em belas tendências de baixa. Vamos deixar correr.

Dólar: Estou de fora do dólar depois da excelente e gigante venda realizada no início do ano. Não consigo vislumbrar tendência no momento e prefiro não participar. Sigo de fora do dólar no momento.

Ouro: Sigo comprado em pequeno percentual da carteira. Em torno de 10% de lucro este ano até o momento.

Fundos Imobiliários: Pequeno posicionamento. Nada muito significativo. Em torno de 10% de lucro até o momento. Estou mantendo no momento. Não planejo aumentar posição por enquanto. Vamos observar a Selic para avaliar maior atratividade desse mercado em breve.

Long Short: Estou saindo de algumas posições para aumentar posicionamento em ações. Com isso aumento o risco e a agressividade da carteira.

Índice Futuro: No momento líquido. Estou observando o atual recuo. Caso haja reversão e mercado volte a romper o topo, entrarei na compra alavancado em 200% com stop e alvo dado pelo meu Setup para aproveitar o possível rali pós-impeachment.

Por enquanto é isso pessoal.
Grandes oportunidades já acontecendo. Quem já se posicionou como recomendamos está muito bem.

Vamos juntos,
Holanda Trader
holandatrader@hotmail.com

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Atualizando, mas nada mudou.

Olá pessoal,

A pedidos, venho atualizar nossas operações aqui pelo blog.
Na base nada mudou. Os pensamentos e tendências macro continuam as mesmas.

As pessoas estão em constante mudança, mas dificilmente mudam seus conceitos preconcebidos e suprimidos pelo consciente. Nosso inconsciente esconde e determina muitas de nossas ações conscientes, mas como chegar até ele? Como descobrir tantos conceitos arraigados e intrinsecamente grudados em nosso inconsciente se não conseguimos alcança-lo sem a utilização do racional consciente? Para as análises psicanalíticas que fazemos nas consultorias individuais, tentamos trazer à tona os conceitos suprimidos e guardados a sete chaves no inconsciente. Com esses conceitos flutuando na frente do paciente/cliente, conseguimos que ele exponha seus mais íntimos conceitos e preconceitos, confrontamos criticamente com a realidade, e demonstramos por exemplos reais e fictícios que sua forma de pensar necessita de críticas e mudança de abordagem. Com o uso de técnicas de programação neurolinguística conseguimos (ou tentamos com razoável êxito) mudar a forma de pensar sobre o dinheiro. Seria uma forma de trazer o inconsciente para o consciente, agarrá-lo enquanto visível, e mudá-lo, antes que retorne novamente ao seu estado latente, suprimido e de difícil alcance. Uma linguagem fácil para demonstrar a complexidade da reprogramação mental. De Freud às concepções atuais.

Vamos ao que nos dá dinheiro (ou moeda para os mais críticos, mas essa discussão fica para outra postagem):

1- Juros: BC deixou claro o caráter austero e comprometimento na queda da inflação. Isso reduziu minhas expectativas de ganhos grandes na renda fixa este ano. Tivemos na última semana uma alta clara dos juros curtos o que trouxe pouca valorização dos títulos atrelados ao IPCA de curto prazo. Ao mesmo tempo, mercado já começou a precificar a queda dos juros em prazos mais longos, nos dando rentabilidade de cerca de 4% no mês de Julho sobre a ponta longa dos títulos atrelados aos IPCA.
Sigo comprado em juros atrelados aos IPCA, pouco em pré-fixados (para venda em breve) e pequeníssima porção acompanhando DI. Provavelmente apenas para caixa e posterior realocação.

2- Bolsa: Certamente o destaque do ano. Nossas ações já ultrapassam os 50% de lucro, batendo novamente o Ibovespa com boa margem. As operações das ações selecionadas e que seguem nosso Setup Holanda Trader continuam em alta. Nada a mexer nessas posições até que haja algum recuo mais forte que nos obrigue a vender as posições. Estamos nas mesmas ações dos nossos clientes.
Interessados em acompanhar nossas operações podem assinar nossa consultoria em ações que se baseia no envio semanal da planilha com todos os ativos que acompanhamos, dando seus pontos de entrada, saída e stop.

3- Dólar: Continuo de fora, tendência ainda de queda. Pela lateralização dos últimos dias houve um rebaixamento do nosso ponto de stop, o que reduziu consideravelmente o risco para tomada de uma posição vendida, mas ainda não o fiz. Apenas observando sua queda. Há possibilidade de nova entrada na venda em breve.

4- Imóveis: IFIX apresenta alta acima de 20% neste ano de 2016. Realmente inesperado. Em parte temos a entrada no país de grupos chineses trazendo alguns bilhões de dólares para o mercado de fundos imobiliários. Continuo comprado apenas com pequena posição, mas para os que desejam carteira geradora de renda, este é um excelente ativo. Cuidado apenas de selecionar os que apresentam preço de mercado abaixo de 1 em relação ao valor patrimonial, assim como P/L menor que o inverso da taxa de juros atual.

5- Ouro: Continuo comprado via fundo ou contrato futuro em bolsa. Nada a fazer.

6- Commodities: continuamos seguindo nosso sistema. As corretagens de algumas corretoras são inviabilizadoras dessas operações. Sugiro pesquisa das mais baratas e nunca deixar capital em conta corrente maior que o necessário para os ajustes diários. Fiz uma análise recente de algumas corretoras e poucas me dão confiança em seus balanços.


Por enquanto é isso. Apenas mantes as posições. Esse ano de 2016 está literalmente tirando o atraso dos anos anteriores, mas ainda espero bem mais após a votação que ocorrerá no final deste mês. Não é possível prever se teremos um recuo forte logo após isso, considerando o impeachment já precificado. Vou continuar seguindo meu sistema automatizado. Ele funciona há anos, com bolsa em alta ou em baixa.

Abraço a todos e bons trades,
Holanda Trader